O Brasil é o país do faz de conta, os crimes acontecem, levantam as provas, num primeiro momento os servidores envolvidos em polêmica são exonerados, porém assim que a poeira baixa e o foco se desvia para outro assunto, simplesmente os envolvidos são renomeados para outras funções públicas de boa remuneração, geralmente longe dos holofotes. Esse caso citado como exemplo (e poderia ser outros milhares) aconteceu no Ministério do Trabalho, os servidores Manoel Eugênio Guimarães de Oliveira e Anete Alves Fernandes Fidelis, foram acusados de diversas fraudes no programa de qualificação profissional do Ministério do Trabalho e Emprego em 2011, tendo essas acusações levado as suas respectivas demissões logo após comprovação pelo TCU de que vários recursos foram repassados indevidamente a entidades que não tinham condições de prestar o serviço oferecido (cursos, treinamentos) devido a absurda diferença entre os valores de mercado e os custos apresentados para justificar a verba, falta de espaço de sala de aula, dentre outras situações absurdas. Foi um total de 26 convênios assinados com repasse de verbas no montante de R$ 32 milhões a diversas ONGs. Essas irregularidades levaram à demissão do Ministro Carlos Lupi (dezembro de 2011), tendo a pasta sendo assumida por Brizola Neto, inexplicavelmente (aos olhos dos leigos) um dos primeiros atos do novo Ministro foi nomear Manoel Guimarães e Anete Fidélis a cargos de chefia (comissionados) na Secretaria Nacional de Economia Solidária, menos de 1 mês após a exoneração. Atualmente (2013) Carlos Lupi está na chefia de gabinete do novo Ministro Manoel Dias, e Manoel Eugênio é assessor especial no mesmo Ministério.